O The Music Journal Brazil inaugura hoje a coluna “Entrevistas”. E o nosso primeiro entrevistado é o multi-instrumentista norte-americano Mark Hart do Crowed House.
Hart trabalhou por muitos anos no
Supertramp e esteve aqui no Brasil quando a banda se apresentou no
Hollywood Rock em 1988. Aqui ele fala sobre os caminhos do Crowed House,
de sua colaboração artística no Supertramp, do público brasileiro e lembra de Elis Regina e Tom Jobim. Veja como foi:
Marcelo de Assis: Mark, você retornou ás atividades com o Crowed House… como está sendo esta experiência?
Mark Hart: È fantástico
tocar com essa banda! Há muita liberdade quando nos apresentamos.
Estamos sempre tentando coisas novas. E isso mantém as coisas divertidas
Marcelo de Assis: Vocês estão em turnê européia no momento? Pretendem seguir para os EUA?
Mark Hart: Não estamos
realmente em turnê neste momento. Nós viajamos para os EUA entre julho e
agosto e antes disso para a Europa. Este ano estaremos iniciando as
gravações de um novo álbum e não realmente uma turnê.
Marcelo de Assis: Em
2007 vocês lançaram o álbum “Time On Earth”. Ele parece manter uma
fidelidade musical com os álbuns anteriores da banda e isso é
perceptível logo na primeira faixa “Nobody Wants To”. Este foi o
intuito? Um reencontro com o passado?
Mark Hart: Eu não acho
que foi uma decisão consciente de visitar o passado. Há uma certa
intemporalidade da escrita de Neil e ás vezes leva a um ouvinte á um
lugar familiar. Mas a idéia de revisitar o passado é a última coisa que
queremos fazer. Há tantas coisas novas para experimentar!
Marcelo de Assis: Mark,
você deu uma enorme contribuição artística ao Supertramp quando fez
parte do grupo nos anos 80 e 90. Como você pode descrever esta
colaboração?
Mark Hart: Eu só estava tentando fazer justiça á essas grandes canções que o Supertramp tem. Foi uma grande experiência. Foi realmente muito fácil de trabalhar com eles. Todos eles são excelentes músicos!
Marcelo de Assis: Ah,
inclusive você esteve com o Supertramp no Brasil em 1988 para uma
apresentação com mais de 100 mil pessoas em São Paulo e no Rio…. o que
você achou do público brasileiro?
Mark Hart: O público
brasileiro foi incrível! Acho que foi a maior platéia que já tocamos.
Muito divertido. Os brasileiros sabem como fazer uma banda se sentir bem
vinda!
Marcelo de Assis: O que você conhece da música brasileira?
Mark Hart: Eu não conheço muito sobre a música brasileira, mas eu conheço muitas canções de (Antônio Carlos) Jobim, que eu amo.
Além disso, eu acho que Elis Regina foi uma cantora maravilhosa. Havia um registro de Sergio Mendes do início dos anos 70 chamado “Primal Roots” que foi ótimo. Seu Jorge também é legal!
Marcelo de Assis: Mark,
eu não vou deixar de perguntar isso: existe alguma possibilidade do
Crowed House vir á América do Sul? Mais precisamente, no Brasil?
Mark Hart: Nós adoriaríamos! Não temos planos no momento, mas quem sabe? Precisamos de um promotor que nos faça um convite!
Marcelo de Assis: Mark, obrigado pela sua entrevista e esperamos reencontrá-lo aqui no Brasil!
Mark Hart: Você é bem vindo, Marcelo! Boa sorte para o seu blog! Tudo de bom!
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