quarta-feira, 24 de março de 2010

Porque a música ainda quer o vinil?


Aparelho dos anos 70 com uma plataforma para inserir vários discos de vinil.
Foto: Divulgação

Foi quase na metade dos anos 70 que eu tive o primeiro contato com a musica através de meus familiares e me recordo bem daquele enorme aparelho de toca-discos onde se colocava alguns discos através de um suporte de metal e através de uma "trava" cada vez que um lado do disco terminava o outro caía por cima para "continuar a festa". Quem viveu essa época deve saber bem que era algo mágico, ver aquela agulha conhecida como fonocaptora magnética encostar na faixa preferida a ressoar a canção esperada. Porém, esse romantismo que norteava aquela época teve seus dias contados com o advento de uma nova forma de difusão: o CD. E aquele "bolachão" como muitos chamam até hoje foi rispidamente trocado por um disco, muito menor mas com uma sonoridade muito apurada, sintética e que, com isso, era possível notar que a novidade escondia de imediato os graves e agudos do vinil tão admirados por dezenas de décadas. No Brasil, o CD começou a aparecer no final dos anos 80 mas o crescimento nas vendas dos CD´s teve um aumento significante na década de 90 onde era possível ver os vinis desaparecerem das pratileiras. As mudanças no mercado varejista eram plenamente visíveis: As lojas não conseguiam se livrar dos discos de vinil e mesmo com muitos brasileiros não terem adquirido a "novidade" e os aparelhos de reprodução de CD ainda muito caros para os moldes da época, foi impossível deter o avanço tecnológico e rapidamente o CD invadiu todas as lojas, preenchendo de forma absoluta as suas pratileiras. Essa mudança converteu de certa forma estas mesmas lojas em uma nova espécie de estabelecimento: o sebo. E desde que foi decretado o fim do vinil, estes locais são muito procurados pelos amantes da antiga forma de ouvir uma cançao, até hoje. Com a percepção do que um bom negócio seria ao "ressucitar" este velho prazer de curtir um som, as grandes gravadoras ja começaram a prensar alguns albuns clássicos de seus catálogos e, de uma forma tímida, a preencher novas prateleiras para os velhos vinis. O preço? Em algumas lojas conhecidas como "megastore" o valor do vinil não sai por menos de R$ 100. Algo para se lucrar? Com certeza não. E também não acredito que as gravadoras, em plena crise fonográfica, incluam de uma forma tão importante os dados referente as vendas deste produto em seus relatórios de vendas. É para colecionador mesmo! Uma forma de inserir a nostalgia numa época tão moderna, onde a informação vence em segundos. E uma grande oportunidade para as novas gerações que não viveram a época mágica do disco.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Stone Temple Pilots lançará novo album em maio.

Foto: Divulgação

Após 9 anos longe dos estúdios, a banda Stone Temple Pilots lançará novo seu novo trabalho em 25 de maio. O album que será homônimo teve a concepção desenvolvida pelo designer Shepard Fairey que foi responsável pelo emblemático cartaz da campanha de Barack Obama. A maratona de divulgação de "Stone Temple Pilots" terá sua largada nesta sexta-feira (18) no festival South by Southwest que será realizado em Austin, no Texas. Depois a banda segue em turnê pelos EUA. O antecessor deste novo trabalho foi "Shangri-lá Dee Da" de 2001. Veja o nome das novas músicas:

"Between the Lines"
"Take a load off"
"Huckleberry Crumble"
"Hickory Dichotomy"
"Dare if You Dare"
"Cinnamon"
"Hazy Daze"
"Bagman"
"Peacoat"
"Fast as I can"
"First Kiss on Mars"
"Maver"

quarta-feira, 17 de março de 2010

Hall da Fama do Rock homenageia ABBA e Genesis











Anni-Frid Princessan Reuss, Benny Anderson e os remanescentes do grupo australiano Bee Gees, Barry Gibb e Robin Gibb no ato da cerimônia, em Nova York.

Foto: Michael Loccisano / Getty Images / AFP


A banda sueca ABBA e o grupo inglês Genesis entraram para o Hall da Fama na última segunda-feira (15) numa cerimônia que aconteceu no badalado hotel Waldorf Astoria em Nova York. No momento da homenagem, a ex-vocalista Anni-Frid Prinzessin Reuss acompanhada de seu ex-marido, o também cantor e compositor Benny Andersson comentou sobre a importância de seu ex-grupo: ""Estou realmente tocada pelo que começou como parcerias há muito tempo e que isso tenha nos trazido até aqui hoje à noite" e nos bastidores ainda comentou que o ABBA "fez um ótimo trabalho naquela época" e não se surpreende pela influência do grupo sueco até hoje. O ex-vocalista da banda Genesis, Phil Collins mostrou entusiamo com o prêmio: "O Hall da Fama do Rock está aceitando a música em geral, em vez de apenas rock and roll. Parece haver mais variedade neste ano". Dentre os músicos do Gênesis, apenas Peter Gabriel não esteve presente na cerimônia. Outros artistas também foram imortalizados pela premiação tais como Jesse Stone, Otis Blackwell, Mort Shuman, Jeff Barry, Ellie Greenwich, Barry Mann e Cynthia Weil, o produtor David Geffen e a banda The Stooges. Esta última brindou a platéia com a apresentação de "Search and Destroy" de 1973 com uma performance bem típica de Iggy Pop rasgando sua camisa e abusando de seu rouco timbre.