segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sting - Bring On The Night, 1986

Eu me recordo bem, daquela manhã de domingo, em 1987. Apesar da chuva peculiar que caía em São Paulo, contínua e triste, não me impediu de ir até a única loja de discos que ainda existia no meu bairro e lá, encontrei um album duplo que me chamou a atenção. "Bring On The Night", primeiro album ao vivo de Sting, recém saído de um bem sucedido The Police, soava estranho aos meus ouvidos, porém experimental, para um garoto de 14 anos que não cansava de ouvir musica todos os dias. Confesso que, ao ouvir a primeira faixa "Bring On The Night/When The World Is Running Down You Make The Best Of What's Still Around" foi algo marcante. A fusão do Pop com o um Jazz robusto soou agradevelmente os meus ouvidos. Era o meu primeiro contato com um estilo tão ousado como sempre foi o Jazz. O alegre safoxone econtrado em "Bring On The Night" é do fantastico Brandford Marsalis que já trabalhou com Miles Davis. Kenny Kirkland faz os ouvintes viajarem em "I Burn For You". "Bring On The Night" foi o album-début do grande selo A&M Records que na época estava sendo operado pela antiga CBS (Sony/ BMG) e foi incorporada à PolyGram, hoje Universal Music!

Bring On The NIght
1986 A& M Records / Universal

domingo, 9 de dezembro de 2007

Show da banda inglesa The Police atrai 74.000 pessoas no Maracanã


Foto: Reuters

Foi um grande espetáculo. A banda inglesa The Police subiu ao palco as 21:30 deste sabado, no Estadio do Maracanã, no Rio para uma apresentação inesquecível. O som do gongo gigante percussionado pelo baterista Stewart Coppeland anunciava o inicio do show com a música "Message In A Bottle" cantada por um Sting totalmente em forma. Seguiu-se com "Synchronicity II" prontamente ovacionada pela platéia até que as cores azul, amarela e vermelha foram projetadas pelos 8 telões montados no palco, relembrando a capa do album "Synchronicity" de 1983, o último da banda, antes da separação. Frases de saudação como "Muito Obrigado", "Que saudade do Brasil", foram imediatamente compreendidas pelo publico brasileiro, com um português quase-perfeito vocacionado por Sting, que ja conhece o Brasil ha muitos anos, principalmente pela sua preocupação com a Amazônia, no inicio dos anos 90. Foi interessante ouvir "Wrapped Around Your Finger" em uma roupagem bem diferente da original, cantada em um tom menor, mas sem perder sua essência. "Don´t Stand So Close To Me", "Roxanne" e "Every Breathe You Take" foram pontos altos de um show impecável, tanto no visual como na técnica, lembrando do vigor de Andy Summers na guitarra, esbanjando efeitos e riffs interessantes, sem ser politicamente correto. Stewart Coppeland, mostrou-se o mesmo em sua bateria e na percussão que o circundava, como há quase 30 anos, quando tudo começou. Foi um momento histórico, principalmente pela mescla de gerações presentes. Ao mais velhos, uma noite perfeita para recordar e se emocionar. Aos mais jovens, uma oportunidade para conhecer uma banda extremamente talentosa, de um tempo onde havia grandes composições musicais por excelência, o que ja não mais norteiam o mundo da música hoje.